O melasma - mancha no rosto - aparece até mesmo em mulheres jovens. Você sofre com esse problema? Então, conheça os melhores tratamentos - tem até um laser novo, que promete resultado sem o risco de piorar o quadro.
O melasma surge principalmente nas maçãs do rosto, testa e acima dos lábios Foto: Getty Images |
De todos os problemas de pele, nenhum é tão desafiador para os dermatologistas como as manchas, especialmente o melasma, aquela marca acastanhada, de contorno irregular, que surge principalmente nas maçãs do rosto, testa e acima dos lábios. E o inimigo é tinhoso: mesmo que você trate com as técnicas mais modernas e use os melhores cremes, basta abusar do sol que o danado volta. "O problema surge quando há uma produção e distribuição desordenada da melanina, pigmento escuro produzido pelo organismo para a proteção da pele", explica o dermatologista Marcelo Bellini. Existe uma importante conexão entre esse tipo de mancha e os hormônios femininos. "É bastante comum aparecer durante a gestação, em quem usa pílula anticoncepcional ou faz reposição de hormônios", fala Jardis Volpe, dermatologista de São Paulo.
Mas não são apenas nessas condições que essa mancha surge: o sol também tem culpa. Sim, a exposição excessiva desencadeia o problema que atinge com mais força as mulheres de pele morena, exatamente quem acha que está naturalmente mais protegida. As células da pele acumulam os efeitos da radiação no decorrer da vida e, de repente, depois daquele verão bem aproveitado na praia, você nota uma marca no rosto. Mais do que isso, a simples exposição à luz, inclusive aquela fluorescente do escritório, piora a mancha. A saída? Apostar em prevenção, usando filtro solar religiosamente todos os dias (até para trabalhar), e investir nos tratamentos recomendados pelos especialistas. É o que você vai descobrir agora!
Tratamentos para um rosto uniforme
Para combater um inimigo tão resistente, o ataque precisa ser feito em diversas frentes. "Peeling e laser são associados a cremes despigmentantes. E, sempre, usar filtro solar com FPS acima de 60", diz João Carlos Pereira, dermatologista de São José do Rio Preto (SP). Veja as melhores apostas em casa e no consultório:
Use o protetor solar diariamente, mesmo em dias frios Foto: Getty Images |
Em casa
Mesmo que você faça tratamentos potentes com o dermatologista, vai precisar usar um creme com ação clareadora por, pelo menos, três meses. Os ácidos - glicólico, salicílico, retinoico, entre outros - servem tanto para remover as células superficiais da pele e os pigmentos que nela se encontram, clareando o tom, como para favorecer a penetração de outros princípios ativos dos produtos. É o caso da hidroquinona, do ácido kójico e do arbutin, substâncias que inibem a formação de uma enzima responsável por produzir e distribuir a melanina, bloqueando a formação do pigmento que causa a mancha.
Existe ainda os antioxidantes, como o ácido tranexâmico, ácido ferúlico, zeniberry (derivado da framboesa) e as vitaminas C e E. Eles inibem a produção dos radicais livres, envolvidos na pigmentação, e protegem a pele da ação danosa dos raios solares. "Em maior concentração, todas essas substâncias devem ser manipuladas e usadas com acompanhamento do dermatologista", diz Sylvia Ypiranga, médica-colaboradora na disciplina de dermatoscopia do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para apostar no laser, procure um dermatologista de sua confiança. O
procedimento, quando realizado da maneira errada, pode piorar o melasma Foto: Getty Images |
No consultório
Peeling: dá resultado e é bastante seguro
O peeling superficial seriado (mais leve e realizado em diversas sessões) continua sendo a primeira opção dos dermatologistas, pois muitos consideram a prática mais segura. "Uso ácido retinoico, kójico ou fítico", fala Marcello Bellini. A dermatologista Sylvia Ypiranga também recomenda o procedimento quando os cremes não são mais suficientes. "Depois de dois a três dias da sessão, a pele descama e, com isso, o pigmento é removido aos poucos", explica. Dependendo da intensidade do melasma, podem ser necessárias de três a cinco sessões, com intervalos de duas a quatro semanas entre elas. O preço varia muito, mas está em torno de 200 reais cada sessão. "Enquanto durar o tratamento e por 40 dias após o término, a paciente não pode se expor ao sol e precisa usar um filtro potente no dia a dia", alerta Ana Lúcia Recio, dermatologista de São Paulo. Também deve evitar calor excessivo - vapor e mormaço, por exemplo, pioram o problema.
Laser: tem novidade promissora
Até agora o laser tem sido um tratamento controverso no que se refere ao melasma. "Apesar de sabermos que o pigmento pode ser removido por ele, devemos ter muito cuidado ao indicá-lo, pois o calor gerado nessa tecnologia ativa o melanócito (célula que produz a melanina) e causa um processo inflamatório que pode piorar o melasma inicial", diz Sylvia Ypiranga. Marcelo Bellini concorda. Segundo ele, trabalhos apresentados em congressos internacionais mostraram que 30% das pacientes tratadas com luz intesa pulsada (um tipo de laser) tiveram aprofundamento ou ampliação da mancha. "Indico o laser apenas para mulheres que não obtiveram resultado satisfatório com o peeling e com os cremes", fala.
Mas, com o lançamento do Spectra Laser Toning, esse quadro tende a mudar. Trata-se de um laser Nd: YAG que atinge diretamente a melanina, quebrando-a em pequenos pedaços e, dessa forma, clareando o rosto. "A grande diferença desse laser em relação aos outros é que os pulsos são muito rápidos, em nanossegundos, aquecendo menos a pele e, portanto, prevenindo o efeito rebote - lembre-se de que o calor piora a mancha", explica João Carlos Pereira, que fala numa redução de até 80% do melasma com essa técnica. "Levando em conta que alguns métodos promovem de 20% a 30% de melhora, é uma grande evolução." Segundo a Skintec, representante do aparelho no Brasil, cada sessão custa em torno de 400 reais e são recomendadas de cinco a dez sessões, dependendo da coloração da mancha (quanto mais escura, mais longo será o tratamento), com intervalo de uma a três semanas entre elas. A aplicação costuma ser um pouco incômoda - a paciente sente um leve desconforto no local, que fica bastante vermelho. O único cuidado pós-procedimento é a aplicação do bloqueador solar. A mesma máquina, com outro comprimento de onda, também é indicada para remover melanose solar (manchas de sol), sardas e alguns tipos de tatuagem.
Com informações do site M de Mulher.
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