Apesar de oferecer inúmeros benefícios para o corpo, a corrida, quando
praticada em excesso, pode trazer consequências negativas à pele Foto: Shutterstock |
Desde que conquistou popularidade pelos inúmeros benefícios que causa ao corpo, a corrida caiu no gosto de muitas mulheres que buscam uma maneira de manter a boa forma sem precisar perder muito tempo na academia ou depender dos aparelhos de ginástica. No entanto, acelerar muito o passo na hora de correr pode trazer consequências negativas à pele.
Recentes estudos apontam que após uma corrida intensa o organismo aumenta a produção dos radicais livres - moléculas que, quando presentes em grande quantidade nas células - afetam sua integridade e favorecem o envelhecimento cutâneo.
“Durante a atividade física, os radicais livres formados pelo excesso do exercício aeróbico promovem a destruição do colágeno, substância que dá elasticidade e consistência à pele. Por isso, quanto maior o tempo dedicado à prática, mais intensa será esta destruição”, explica Valcinir Bedin, dermatologista e diretor do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento (CIPE).
Reação química
Tanto nas corridas curtas - entre 5 km e 10 km - como nas maratonas (acima de 15 km), há um aporte sanguíneo maior nos músculos - parte do corpo mais utilizada durante a corrida -, além de uma hipóxia (baixo teor de oxigênio) temporária em tecidos menos irrigados, como o rosto, por exemplo, o que favorece a formação de oxigênio reativo.
“Quando as pessoas exageram nesse tipo de atividade, os primeiros danos a aparecerem são manchas na cútis, mas os radicais livres vão se acumulando ao longo do tempo. Por isso, os efeitos mais negativos, como o ressecamento, a flacidez e as rugas, surgem em médio e longo prazo”, revela Fernanda Tassara, dermatologista da clínica Bibas Dermatologia, do Rio de Janeiro, e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Vale lembrar que todas as implicações causadas na pele pela corrida são mais agudas nos maratonistas. Porém, quem costuma correr com frequência e se expõe ao sol sem proteção solar adequada, também está prejudicando a pele.
Como evitar
Quando se tem a intenção de fazer esse tipo de exercício, a principal dica para amenizar os malefícios é o uso diário do filtro solar duas vezes ao dia, com fator de proteção entre 15 e 30. “Além disso, vale a aplicação de hidratante potente duas vezes por dia e o uso de estimulante de colágeno, do tipo tretinoina, todas as noites. Mas atenção: essas medidas não revertem o processo de envelhecimento, apenas suavizam”, esclarece Valcinir.
A proteção contra a ação dos radicais livres também pode ser intensificada com o uso de roupas que deixam a pele respirar e evitam assaduras, além de bonés ou viseiras com tecidos que já possuem filtro solar.
O lado bom
Apesar de favorecer o envelhecimento cutâneo, vale a pena lembrar que a corrida, quando praticada de forma equilibrada, ajuda no processo de emagrecimento e manutenção do peso, melhora o condicionamento cardiorrespiratório, libera o estresse acumulado e ainda previne muitas doenças.
Com informações do Terra.
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